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sábado, 28 de novembro de 2015

Corretores de Imóveis: Como Apresentar um Imóvel para um Cliente em uma Visita

Corretores de Imóveis: Como Apresentar um Imóvel para um Cliente em uma Visita

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A cada vez que você recebe um cliente para visitar um imóvel, você deve repetir um ritual que envolve um tratamento cordial, uma boa comunicação e a explicação de todas as especificidades do imóvel. Por mais que isso pareça repetitivo é extremamente necessário para que o cliente se sinta seguro e esclarecido. Entretanto, se você acha que sua fórmula de apresentação não está dando muitos resultados, trouxemos para você algumas dicas de como apresentar um imóvel para um cliente em uma visita e obter sucesso em seus negócios. Confira!

Preparação eficaz

Antes de receber os clientes para uma visita ao imóvel, é preciso que você tome algumas providências para deixá-lo apresentável. Em um apartamento vazio, é preciso que você contrate uma faxina para que o piso, as paredes, o banheiro e a cozinha estejam limpos e livres dos resquícios dos moradores anteriores. Se o apartamento estiver ocupado, o que acontece mais comumente em caso de vendas, é recomendável telefonar com antecedência para quem ainda estiver morando no local, para que uma mínima organização seja realizada. Um apartamento organizado ajuda na percepção do imóvel e o valoriza junto aos clientes.

Comunicação

Ao apresentar um imóvel para clientes, os corretores de Imóveis devem prezar pela boa comunicação, o que significa saber falar e também saber ouvir. Uma fala clara e objetiva ao explicar sobre o imóvel, que contemple todos os seus detalhes e que se antecipe às dúvidas dos clientes é uma boa estratégia para mostrar o seu conhecimento sobre o imóvel e deixá-los mais seguros. Do mesmo modo, saber o momento de se calar para ouvir as indagações e as necessidades colocadas pelo cliente são bastante importantes, até para você saber que deve apresentar um outro imóvel que dessa vez cabe perfeitamente à demanda deles.

Apresentando os cômodos

A apresentação dos cômodos deve ser feita de maneira detalhada, e não apenas através de uma visão geral. O corretor deve entrar com os clientes nos cômodos; apresentar sugestões para a disposição dos móveis; abrir os armários (dos quartos, cozinha e banheiros) e mostrar os seus compartimentos, se for o caso; sugerir quais quartos são mais indicados para os filhos e qual quarto é mais indicado para o casal, se for o caso; dizer o horário em que a luz solar bate nos cômodos; abrir a janela dos cômodos para que os clientes vejam qual é a vista… Enfim, a visita pelos cômodos deve ser completa e trazer o máximo de informações possíveis para que o cliente se sinta seguro para escolher.

Características e benefícios do imóvel

Após a visita detalhada por cada cômodo do imóvel, o corretor deve prezar pelas informações mais amplas sobre ele, colocando suas características e seus benefícios de modo a convencer os seus clientes de que este imóvel é o melhor para eles. Por exemplo: o seu tamanho é ideal para os clientes; o imóvel possui vagas na garagem; a vizinhança é tranquila e amigável; o valor do condomínio é justo; a localização do imóvel é estratégica, contando com comércio, conveniências e pontos de ônibus; o imóvel pode ser reformado ou o imóvel já está todo reformado e pronto para morar… Ou seja, você deverá listar todas as vantagens do imóvel e colocá-las para seus clientes.

Dúvidas dos clientes

Mesmo que você apresente um imóvel tentando se antecipar às dúvidas dos seus clientes, é possível que eles tenham ainda várias questões para colocar e que precisam ser respondidas. Portanto, disponha-se a responder, mesmo que as respostas não estejam a seu favor. Procurar ser honesto e admitir determinadas falhas e desvantagens no imóvel diante das perguntas dos clientes é melhor do que negar algo que é óbvio e evidente. É claro que você irá contrapor as desvantagens com o maior número de vantagens e benefícios que você conseguir elencar, e por isso mesmo, não é preciso ter medo da honestidade. No final das contas isso contará pontos a seu favor, pois você será visto como um corretor confiável.
E então, o que achou de nossas dicas? Você está pronto para receber os seus clientes e apresentar os seus imóveis da melhor maneira possível? Boa sorte para você e qualquer dúvida escreva para a gente!
Fonte: Tecimob

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Zuckerberg mostra interior da nova sede do Facebook



Zuckerberg mostra interior da nova sede do Facebook

than Leibson/Getty Images
Sinal de curtir do Facebook
Facebook: A empresa é toda aberta e o próprio presidente divide sua mesa
Karin SalomãoKarin Salomão, de EXAME.comSiga-me


São Paulo - No primeiro vídeo ao vivo do Facebook, Mark Zuckerberg fez um tour pela nova sede da companhia.
A empresa mudou-se há apenas alguns meses para o novo local. No telhado, construiu um bosque com trilhas e 400 árvores, para conversas mais relaxadas.
Agora, o presidente e fundador da empresa mostrou o andar onde ele e outros membros da diretoria trabalham.

local é todo aberto, sem paredes e sem salas individuais para cada diretor. Pelo contrário, eles trabalham em conjunto em mesas grandes.
“Ficamos mais próximos um do outro, o que facilita compartilhar e comunicar tudo o que cada um está fazendo”, disse Zuckerberg.
Em sua mesa, está exposto o logo da empresa entalhado em madeira, seu notebook e alguns livros. O executivo está conduzindo um clube do livro e desafiou seus seguidores a lerem diversos livros durante o ano. 
Ele também guarda uma maquete de um avião na mesa.
A única sala do andar é a de conferências. Para reuniões internas ou externas, os funcionários podem usar a sala, completamente de vidro.
O fato de ser possível ver pelas paredes da sala reforça, para Zuckerberg, é reforçar a cultura aberta e transparente da empresa. “Todos sabem o que cada um está fazendo”, diz o presidente.
A ideia de ambientes sem paredes não é nova. Muitas empresas estão adotando a prática para melhorar a comunicação e agilizar processos. 

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

3 hábitos diários que todo corretor de imóveis deve adotar


3 hábitos diários que todo corretor de imóveis deve adotar

3 hábitos essenciais para um bom corretor de imóveis
Como é a sua rotina trabalho? Você tem tarefas cotidianas que ajudam a deixar o seu dia-a-dia mais organizado e a melhorar o seu rendimento? Isso é muito importante para que o seu desempenho como corretor de imóveis seja o melhor possível. O segredo para alcançar bons resultados é simples: adote hábitos produtivos!

1. Dedique tempo as suas páginas pessoais na internet

Para vender bem, um corretor de imóveis deve ter uma ampla agenda de contatos. Uma maneira de conseguir isso é através da internet. Você pode criar um blog, um site pessoal ou usar as redes sociais. Tanto o blog, quanto o site ou as mídias sociais são ferramentas interessantes para quem quer fortalecer o próprio nome na web. Para quem trabalha com venda e locação de imóveis, isso é essencial. Você pode criar um blog para compartilhar conteúdos relevantes para clientes em potencial. Já as redes sociais podem ser usadas para que você se aproxime desse público.
Mas é muito importante que estas não sejam páginas criadas e abandonadas. Depois de criar o seu site, por exemplo, é preciso alimentá-lo com conteúdos relevantes. O mesmo vale para as redes sociais, que só são efetivas quando há interação. Faça disso um hábito diário: reserve um tempo do seu dia para responder comentários, pesquisar assuntos interessantes que possam se tornar posts e realizar outras tarefas relacionadas a suas páginas na web.

2. Registre todos os dados dos seus clientes

Quanto mais organizado é o seu trabalho, mais qualidade ele tem. Um passo importante para isso é criar o hábito de registrar todas as informações sobre os clientes que você atende. Sobre este assunto, existem duas dicas importantes:
  • Não deixe para fazer estes registros no final da semana.
  • Papéis soltos e agendas não são as melhores opções para guardar estas informações.
Se você espera muito tempo para registrar os dados de um cliente e as informações sobre o imóvel que ele espera comprar ou alugar, você corre o risco de esquecer informações importantes. O ideal é fazer estas anotações assim que a conversa acaba, por isso é importante que corretores façam desta tarefa um hábito. De preferência, faça estes registros em uma ferramenta de gestão (CRM) para evitar perda de dados importantes e para garantir o acesso rápido a elas sempre que necessário.

3. Revise a jornada de trabalho e planeje o dia seguinte

Planejamento também é algo que garante o seu sucesso como corretor. Em primeiro lugar, pare um tempo para avaliar seu dia de trabalho. O que poderia ter sido feito diferente? Que aspectos podem ser melhorados? Que atitudes renderam resultados positivos? Essa é uma reflexão necessária para evitar a repetição de erros e para que você saiba que ações dão certo e devem ser reforçadas.
Também é importante parar alguns minutos para planejar o próximo dia de trabalho. Escute o conselho de Abraham Lincoln: “Se eu tivesse oito horas para cortar uma árvore, passaria seis afiando meu machado”. Muitas vezes, o segredo do sucesso está na maneira como você se prepara para alcançá-lo.
Que hábitos já fazem parte da sua rotina de trabalho? Deixe sua resposta nos comentários abaixo!

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Sites de imóveis crescem com uma mãozinha da crise

Sites de imóveis crescem com uma mãozinha da crise

Brian Requarth, criador do VivaReal

Germano Lüders / EXAME

Brian Requarth, criador do VivaReal

Brian Requarth, do VivaReal: ele usa até drones para filmar os imóveis

 Fabrício Bernardes Fabrício Bernardes, de Revista EXAME


São Paulo — Tem sido duro ganhar dinheiro com imóveis no Brasil. O preço dos apartamentos caiu, em média, 5% em 2015. Só em São Paulo 28.000 unidades estão encalhadas. A dívida das principais incorporadoras chegou ao recorde de 14 bilhões de reais. Mas os sites de anúncios imobiliários, uma versão 2.0 dos velhos classificados dos jornais, são vencedores improváveis.

Segundo os cálculos de especialistas no setor, nos últimos dois anos seu faturamento cresceu 50% e alcançou 400 milhões de reais. Apenas os três principais — VivaReal, Zap e Imovelweb — receberam 225 milhões de reais de investimento. Eles se beneficiam de um efeito da crise.

As incorporadoras pararam de lançar, mas não reduziram o marketing na mesma proporção. Precisam, afinal de contas, desovar um enorme estoque de imóveis já prontos — e os portais são um dos destinos de divulgação preferidos nessa hora, enquanto a mídia impressa é o destino predileto de quem lança novos empreendimentos. Construtoras como a paulistana Tecnisa dobraram seus investimentos em anúncios online desde 2013. 

Nesse mercado, ninguém cresce tanto nem recebeu tanto investimento quanto o VivaReal, criado em 2009 pelo americano Brian Requarth, de 34 anos. Durante a faculdade de estudos latino-americanos na Universidade de San Diego, Requarth conheceu sua futura mulher (uma estudante colombiana) e, logo depois, mudou-se para Bogotá.

Lá, viu que não existiam sites de classificados online como nos Estados Unidos — e, mesmo sem nenhum conhecimento de programação ou do mercado imobiliário local, criou o próprio site. Dois anos depois, mudou-se para o Brasil de olho num mercado muito maior.

Desde então, o VivaReal recebeu 74 milhões de dólares de fundos como o brasileiro Monashees Capital e o americano Spark, que já investiu em empresas como Twitter, Tumblr e Foursquare. Na sede da empresa, em São Paulo, Requarth construiu uma réplica do pequeno escritório de 10 metros quadrados em que trabalhou sozinho no início da companhia. “É para que os novos funcionários saibam de onde vim”, diz.

Sua maior inspiração é o empresário australiano Simon Baker, fundador do REA Group, empresa dona de 11 sites de classificados online em oito países. Em 2011, Requarth organizou um evento imobiliário em São Paulo e usou o dinheiro das entradas para bancar a vinda de Baker.

Assim como seus concorrentes, o VivaReal fatura vendendo espaço em seu site para imobiliárias e incorporadoras anunciarem o aluguel ou a venda de um imóvel. O desafio é fazer isso de forma atraente — a empresa usa até drones para filmar os imóveis — e conseguir fazer mais barulho do que as concorrentes.

Seguindo as instruções de Baker, o VivaReal tem 50 engenheiros e programadores que passam o dia revisando os algoritmos do site para ganhar destaque nas pesquisas do Google e nas redes sociais. Também adotou uma estratégia de expansão regional para se diferenciar do Zap Imóveis e do Imovelweb, que chegaram ao mercado antes. O VivaReal inaugurou 15 escritórios em capitais e em cidades do interior de São Paulo, como Campinas e Ribeirão Preto. E ofereceu meses grátis de anúncios nos primeiros meses.

A concorrência contra-atacou. O Zap Imóveis, do grupo de comunicações Globo, começou a patrocinar a Fórmula 1 e comprou dois sites em 2014 — o Pense Imóveis, de Santa Catarina, e o Sub100, do Paraná. O grupo argentino de mídia Navent, dono do Imovelweb, comprou três sites regionais nos últimos três anos.

Todos tentam repetir no Brasil o sucesso dos sites de classificados nos Estados Unidos. Lá, a crise de 2008 derrubou pela metade o investimento em anúncios de imóveis e impulsionou os sites. O REA Group, que chegou aos Estados Unidos em 2006, dobrou de tamanho desde 2010 e fatura 450 milhões de dólares. O Zillow cresceu dez vezes, para 326 milhões. Como é típico no mundo das startups, ninguém espera que tantos sites de imóveis sobrevivam. Alguma consolidação certamente virá.

Para manter o ritmo, o VivaReal lançou neste ano dois sites, um de decoração e outro de financiamento imobiliário. Não se sabe se será suficiente para continuar crescendo num mercado em depressão — mas que ele está sorrindo até agora, está.

O Porteiro corretor de imóveis

O Porteiro corretor de imóveis

Por:  Mercado Imobiliário 


No fim de semana, o porteiro do seu condomínio aparece todo arrumadinho e perfumado? Tanto capricho pode esconder uma questão polêmica. Com o aquecimento do mercado de compra e venda de imóveis, cresce também o número de empregados de edifícios que fazem o papel de corretores, auxiliando proprietários a conseguirem compradores. E sábado e domingo é quando a procura se intensifica.

Mas, enquanto muita gente não vê nada demais em pagar uma comissão por esse serviço, os corretores já declararam guerra aos porteiros que exercem informalmente sua profissão: no Rio, há dois anos o Conselho Regional de Corretores de imóveis (Creci-RJ) firmou um convênio com o Ministério Público para coibir essa atividade.

Neste período, já foram proferidas cerca de 300 sentenças de processos penais contra porteiros.

Em seu site, o Creci vai além: expõe um cartaz da chamada “Operação porteiro-corretor”, que informa as penalidades previstas em lei – o objetivo é que a peça seja impressa e fixada nos quadros de avisos dos prédios.

R$ 3 mil, o valor da comissão na Gávea

Há um mês, uma empresária que prefere não se identificar vendeu um apartamento de dois quartos, numa pequena rua da Gávea, com a intermediação do porteiro. O valor da venda foi de R$ 300 mil e ela pagou, ao empregado, uma comissão de R$ 3 mil – 1% do valor do imóvel, bem abaixo dos 6% usualmente cobrados pelos corretores.

– O imóvel estava alugado e, quando o inquilino saiu, comentei com o porteiro que ia vender. Ainda não tinha entrado em contato com corretores porque o apartamento estava em inventário. Mas logo o porteiro apareceu com vários pretendentes. Que toparam, inclusive, comprar em inventário. Quando fechei o negócio, ele me pediu a comissão – conta a empresária.

O presidente do Creci-RJ, Casimiro Vale, ressalta que a entidade tem participado de eventos voltados para síndicos, mostrando que o condomínio pode ser responsabilizado caso ocorra um problema mais sério: – Quando o porteiro abre a porta para qualquer pessoa interessada, a segurança do prédio fica exposta e, em caso de assalto, por exemplo, o morador pode mover ação contra o condomínio. Antes de levar alguém para a visita, o corretor faz todo um levantamento

Há riscos de entraves jurídicos, diz entidade

O presidente do Conselho Federal dos Corretores de imóveis (Cofeci), João Teodoro, garante que a reação dos corretores não se deve apenas à perda de mercado de trabalho: – Antigamente, o corretor aproximava partes.

Hoje, fazemos muito mais: obtivemos a regulamentação profissional porque o Congresso entende que a transação imobiliária é complexa, envolve conhecimentos técnicos, legislativos e mercadológicos. O comprador pode adquirir o imóvel com uma série de “pepinos” jurídicos, e nem ele nem o porteiro terão noção disso.

Teodoro ressalta, no entanto, que intermediar uma transação não é o mesmo que prestar informação: – O porteiro pode informar que há imóvel à venda ou para aluguel e até fornecer o contato do dono. Mas, se receber honorário por isso, mesmo na forma de agrado, estará exercendo nossa profissão ilegalmente.

 O assessor-jurídico do Sindicato dos Empregados em Edifícios do Município do Rio, Antonio Carlos da Costa, diz que, embora o sindicato não compactue com esse procedimento, compreende a dupla atividade: – O porteiro precisa ser cada vez mais especializado, conhecer segurança patrimonial e manusear equipamentos eletrônicos, mas só ganha cerca de R$ 500.

Atividade informal acontece mais em prédios pequenos da Zona Sul

Os porteiros-corretores atuam principalmente nos bairros da Zona Sul do Rio, onde é grande a procura por imóveis, e especialmente em prédios pequenos e com poucos moradores – o que aumenta as chances de o funcionário se ausentar da portaria de vez em quando.

Uma publicitária que é moradora do Jardim Botânico conta que já comprou e já vendeu apartamentos com a ajuda de porteiros em edifícios com esse perfil. Ela não considera essa atividade como um exercício da profissão de corretor, já que os funcionários não liam com nenhum tipo de documentação.

– Quando estava procurando imóvel para comprar, batia pernas pelo bairro e conversava com os porteiros. Oferecia um dinheiro para que me avisassem assim que um apartamento vagasse e, claro, pagava como havia prometido. Quando fechei negócio, acabei dando uma comissão para o funcionário pela ajuda. E fiz o mesmo para o que indicou compradores para o meu antigo imóvel. Muita gente faz isso – justifica ela.

Funcionários podem ser demitidos por justa causa

O presidente do Cofeci, João Teodoro, sustenta que tanto o comprador como o corretor correm riscos se não tiverem uma assessoria especializada.

– Para quem está comprando, o risco é mais imediato.

Caso ele compre, por exemplo, um imóvel sub judice, isto é, sob o exame da Justiça: ele paga o sinal do negócio e, de repente, não tem como reaver esse valor, muito menos em dobro, como reza o documento de Arras.

Mas o risco também é do vendedor do imóvel, diz ele: – O proprietário pode ter herdado o bem e, por exemplo, não saber que ele está sub judice e que, portanto, não pode ser vendido. Esse proprietário acabará sendo processado, o imóvel ficará obstruído sob pendência judicial e, no fim, ele ainda poderá responder por perdas e danos.

Alexandre Corrêa, presidente do Conselho de Relações do Trabalho do Sindicato da Habitação do Rio (Secovi-Rio), que representa os condomínios e administradoras, lembra que, mesmo que não haja denúncia ao Ministério Público, os porteiros e zeladores que atuam como corretores estão sujeitos a demissão por justa causa: – Tanto porque estão expondo a segurança do prédio como por desvio de função.

O assessor jurídico do Sindicato dos Empregados em Edifícios do Município do Rio, Antonio Carlos Batista, entretanto, insiste que, “com salários baixos demais”, os porteiros são obrigados a fazer atividades extras.

– Eles acabam lavando vários carros por dia, para conseguir complementar a renda.

É claro que isso também não é função deles. A verdade é que os condomínios querem profissionais qualificados, mas não pagam o preço.

Projeto de lei tornava curso de segurança obrigatório

Em 2004, chegou a tramitar na Assembleia Legislativa um projeto de lei para aumentar a segurança dos condomínios, que obrigaria os síndicos do estado a matricularem seus porteiros e demais funcionários em cursos de segurança predial. O projeto de lei, que acabou não sendo aprovado, mexeria com os cofres dos quase 60 mil condomínios fluminenses, que precisariam pagar salários mais altos aos seus empregados.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Creci Minas Lança Fiscalização Expressa.

O projeto, que começou a funcionar em julho de 2015, já apresenta bons resultados
Visando agilizar o atendimento das denúncias formalizadas junto ao Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de Minas Gerais, o superintendente do órgão, Ricardo Mendes, idealizou o projeto da chamada Fiscalização Expressa. Colocada em vigor em julho de 2015, a iniciativa busca apurar as denúncias recebidas em um prazo máximo de 72 horas, ou o mais rápido possível. “A implantação da Fiscalização Expressa serviu, para nós, como uma forma de fazer com que o corretor se sinta quase que imediatamente atendido pelo Creci Minas, e que, sobretudo, realize cada vez mais denúncias”, esclarece Ricardo.
Creci Minas Lança Fiscalização Expressa.
(foto: Tarcísio (ao centro), Ricardo (à esquerda) e o chefe do Departamento de Fiscalização, Marcos César Ferreira (terceiro da direita para a esquerda), ao lado dos fiscais de Belo Horizonte)
O projeto é executado pelo diretor de Fiscalização do Creci -MG, Tarcísio Sanglard, junto com o departamento de fiscalização da instituição. A iniciativa é realizada tanto na capital mineira, quanto nas cidades do interior, estas, por meio dos agentes fiscais lotados nas delegacias. “A Fiscalização Expressa traz uma maior agilidade para as denúncias e a oportunidade do denunciante ter o retorno horas depois das medidas que serão adotadas naquele caso”, ressalta Tarcísio.
Recebida uma denúncia, os agentes se deslocam com os procedimentos e processos formalizados em mãos. Inicialmente, procura-se o denunciante, informando-o que o fiscal encontra-se na localidade para o atendimento da denúncia protocolizada por ele. Neste momento, são colhidas o maior número de informações possíveis, acerca da ocorrência. Em seguida, o fiscal se dirige ao endereço do denunciado para o cumprimento da denúncia. Finalizada a fiscalização, o agente se dirige, mais uma vez, ao denunciante para dar ciência do resultado da ação, por meio do auto de constatação a ser assinado por ele.
Fiscalização Expressa em números
Auto de infração por exercício ilegal: 43
Auto de infração por faltas éticas: 56
Auto de constatação: 95
Notificações comuns : 35
Recadastramentos: 319
Total de visitas fiscais realizadas: 548
Avaliação positiva
O projeto do Creci Minas, ainda que implantado há pouco tempo, já colhe os frutos do reconhecimento. Por meio de correspondências e e-mails, denunciantes e corretores de imóveis elogiaram a iniciativa e se declararam satisfeitos com a agilidade e cumprimento ágil das diligências.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

18 dados importantes sobre o mercado imobiliário que você precisa saber!

Pensamento estratégico: esta é uma das características que mais têm se destacado entre os corretores e imobiliárias que têm tido sucesso no cenário econômico e político do Brasil neste ano. Com consumidores inseguros em assumir novos custos, para conseguir fechar uma negociação de venda e aluguel é preciso conhecer o solo onde se está pisando. Ou seja, é preciso ser um especialista em mercado imobiliário!
O conteúdo apresentado faz parte de um estudo chamado DMI (Dados do Mercado Imobiliário), pesquisa realizada com dados de mais de 2 milhões de imóveis ofertados e buscas de consumidores nas 30 principais cidades brasileiras.
Cenário Econômico Brasileiro
  • O PIB brasileiro deve fechar 2015 com uma queda de 3% e para 2016 o cenário não é muito melhor: expectativa de queda de -1%.
  • A inflação do ano deve fechar em 9,7% e a taxa básica de juros, a taxa Selic, em 14,25%. Ambas aumentaram em comparação com o ano passado.
  • O número de imóveis financiados entre maio e agosto deste ano foi de 102 mil. No mesmo período de 2014 o número chegou a 183 mil. O motivo para a queda? As mudanças nas regras de financiamento para imóveis residenciais da Caixa Econômica Federal.
imoveisfinanciados

  • Pelo mesmo motivo, houve um aumento de interesse dos consumidores por aluguel, que cresceu 32% no ano, enquanto caiu o interesse por compra de imóvel.
Preços para Venda no Trimestre
  • O preço médio do m² no Brasil para venda foi de R$ 4.865, um aumento de 0,44% comparado com ao mesmo período do ano passado. Esta variação, entretanto, ficou abaixo da inflação (IPCA) acumulada para o período: 9,43%.
precovenda
  • O “top 5” de cidades com maior valor de m² para venda entre as analisadas pelo DMI são Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Niterói e Recife.
  • As três cidades em que o preço dos imóveis para venda mais valorizou foram Porto Alegre, Fortaleza e Campinas. E as três com maior desvalorização foram Natal, Curitiba e Guarulhos.
  • No Rio de Janeiro, o bairro mais procurado para compra é a Barra da Tijuca. Já em São Paulo, a maior procura é por imóveis em Itaquera. Em Belo Horizonte, Florianópolis, Brasília e Salavador os bairros mais procurados são Castelo, Ingleses, Asa Norte e Pituba, respectivamente.
  • Os 10 bairros com m² mais caro do país para venda se concentram no Rio de Janeiro e em São Paulo. Os valores médios destes bairros vão de R$ 23.256/m² no Leblon a R$13.087/m² em Humaitá, ambos localizados na capital carioca.
bairrosmaiscaros
Preços do Aluguel no Trimestre
  • O preço médio de aluguel no Brasil caiu 6% em comparação com o terceiro trimestre de 2014 e a média nacional por m² ficou em R$ 25,64.
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  • As cinco cidades com preço médio do m² para aluguel mais alto do Brasil são Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Barueri e Santos.
  • O aluguel valorizou mais no trimestre nas cidades de Florianópolis, Fortaleza e Joinville e desvalorizou mais em Osasco, Natal e Niterói.
O que o mercado oferece X o que as pessoas buscam
  • 74% das pessoas buscam que estão buscando um   desejam pagar até R$ 500 mil, mas no mercado apenas 42% dos imóveis disponíveis está nessa faixa de preço.
  • Este percentual, entretanto, varia de acordo com o valor médio do m² na cidade e a faixa de renda média da população. No Rio de Janeiro, por exemplo, o número de pessoas que buscam por imóveis até R$ 500 mil cai para 66%, enquanto em Vitória ele chega aos 90%.
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  • A maior parte das buscas (84%) é por imóveis de 2 e 3 quartos, que representam 78% da oferta.
  • Imóveis de 2 quartos são os preferidos de quem busca imóveis, principalmente em grandes cidades, como São Paulo..
Perspectivas para os próximos meses
  • Uma pesquisa realizada com pessoas que estão buscando um novo lar aponta que a maioria deles acredita que os preços dos imóveis devem diminuir e a oferta de unidades disponíveis deve aumentar nos próximos meses.
  • Para o futuro podemos esperar uma continuidade do aumento do interesse por aluguel, o crescimento de alternativas ao crédito escasso, como os consórcios, e mais incentivos governamentais para moradias populares.


sábado, 31 de outubro de 2015

O que é INCC, VGV, Habite-se e Incorporação Imobiliária e qual a importância?

O que é INCC, VGV, Habite-se e Incorporação Imobiliária e qual a importância?

Por: Luiz Guilherme imóveis

INCC significa Índice Nacional de Custo da Construção, elaborado pela Fundação Getúlio Vargas. Tem a finalidade de apurar a evolução dos custos das construções habitacionais. Usualmente é utilizado para correção dos contratos de compra de imóveis, enquanto a obra está em execução.
A apuração abrange materiais e equipamentos, serviços e mão-de-obra da construção. Atualmente a coleta de dados é feita em 7 capitais do Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília).
Histórico
INCC foi divulgado pela primeira vez em 1950. De inicio, o índice cobria apenas a cidade do Rio de Janeiro e sua sigla era ICC (Índice de Custo da Construção). Nas décadas seguintes, a atividade econômica descentralizou-se e o IBRE (Instituto Brasileiro de Economia) passou a acompanhar os custos da construção em outras localidades. Além disso, em vista das inovações introduzidas nas técnicas de construção, o ICC teve que incorporar novos produtos e especialidades de mão de obra.Em fevereiro de 1985, para efeito de cálculo do IGP (Índices Gerais de Preços), o ICC deu lugar ao INCC.
Um dos termos mais comuns do mercado imobiliário, o VGV, é também um dos que mais despertam a curiosidade dos que estão entrando neste mercado. Afinal, qual o significado do termo VGV e qual sua importância para o mercado imobiliário?
VGV significa Valor Geral de Vendas. É um valor calculado pela soma do valor potencial de venda de todas as unidades de um empreendimento a ser lançado.
Por exemplo: a construtora A pretende lançar um empreendimento com 70 apartamentos a R$ 350.000,00 cada. O VGV deste empreendimento é de R$ 24.500.000,00, ou seja, ele tem o potencial de gerar R$ 24.500.000,00 em receitas. Isto não significa que ele irá necessariamente gerar este valor, pois uma série de fatos podem fazer com que a receita total varie, como alteração no preço dos imóveis, margem de negociação e uma série de outros motivos, mas o indicador ajuda a identificar o potencial comercial do empreendimento.
Qual a importância do VGV?
Além ajudar a indicar se o empreendimento é ou não viável do ponto de vista comercial, o VGV auxilia na definição do orçamento da obra, das verbas administrativas da incorporadora, no desempenho da empresa no mercado, dentre outros.
De acordo com levantamento feito pela Folha Online em 2006, as incorporadoras de São Paulo gastam de 3% a 6% do VGV de um empreendimento imobiliário em marketing. Já a forma como este percentual é distribuído nas ações de marketing depende do perfil de cada empreendimento, do público-alvo e das características do produto. Geralmente a maior parte é investida nos pontos de venda, onde o negócio é fechado.
Você, futuro morador de um apartamento novo, já deve ter ouvido muito falar de um documento que dependemos diretamente para a entrega do imóvel depois de construído, o Habite-se. Mas afinal, 
você sabe o que é o Habite-se?
você sabe o que é o Habite-se?
É um documento, emitido pela prefeitura local, atestando que o imóvel foi construído seguindo as exigências da legislação municipal onde o empreendimento está localizado. Enfim, é uma certidão que aprova o imóvel como “pronto para ser habitado”.
Para retirar o Habite-se, o proprietário do imóvel, no caso a construtora, faz a requisição junto ao órgão competente da prefeitura, que providencia uma vistoria no local para constatar se o que foi construído realmente condiz com o projeto inicial aprovado na prefeitura.
Incorporação Imobiliária
Incorporação Imobiliária é um documento registrado em cartório que dá a segurança para o cliente quanto à condição técnica e idoneidade do incorporador, além da legalidade do projeto, as características e metragens do imóvel, bem como as regras de convivência em condomínio.
Incorporação Imobiliária é o ato de empreender um projeto imobiliário. É quando uma pessoa (física ou jurídica) se compromete a construir um edifício ou conjunto deles, como apartamentos e áreas comuns. O incorporador também pode comercializar as unidades antes (na fase da planta) ou durante a fase de construção do empreendimento.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Brasileiros invadem Miami em busca de imóveis com alta do real

Miami
Desde janeiro, os brasileiros compraram metade dos apartamentos vendidos a estrangeiros por mais de US$ 500.000 na área central de Miami
John Gittelsohn e José Sergio Osse, daBloomberg
Nova York/São Paulo - Frederico Azevedo chegou à Flórida em busca de uma segunda moradia. Ele saiu com três, gastando US$ 300.000 e US$ 500.000 em apartamentos em duas torres em Miami, e US$ 1 milhão por uma unidade no resort Trump International, perto de Sunny Isles.
“Comprei um para usar como casa de férias e os outros dois como investimentos”, disse Azevedo, de 39 anos, presidente da Construtora Altana Ltda, uma incorporadora imobiliária, em entrevista por telefone de seu escritório em São Paulo. “Miami é na verdade muito barato em comparação com os preços aqui.”
A disparada nos preços do mercado imobiliário no Brasil e o ganho acumulado de 45 por cento do real em relação ao dólar desde 2008 estão levando brasileiros a procurarem barganhas no sul da Flórida, em imóveis para férias e investimentos imobiliários. Esse movimento estimula a expansão do mercado de apartamentos de Miami, com aumento de 92 por cento nas vendas dos primeiros quatro meses deste ano, na comparação com o mesmo período de 2010, segundo dados da Associação de Corretores da Flórida.

Na região de Miami, os brasileiros compraram 9 por cento das casas e apartamentos vendidos a estrangeiros nos 12 meses até março de 2010, perdendo apenas para canadenses e venezuelanos, segundo a Associação de Corretores de Miami. Desde então, “sinais preliminares apontam para um aumento significativo”, disse Lynda Fernandez, porta-voz da associação.
Desde janeiro, os brasileiros compraram metade dos apartamentos vendidos a estrangeiros por mais de US$ 500.000 na área central de Miami, e por mais de US$ 1 milhão em Miami Beach, disse Craig Studnicky, presidente da International Sales Group LLC, empresa de marketing imobiliário sediada em Aventura, na Flórida.
‘Força predominante’
“O ritmo crescimento é geométrico,” disse ele sobre a demanda brasileira. “No próximo ano, com certeza será a força predominante.”
A alta do real sobre o dólar desde o começo de 2009 é a maior entre as 25 moedas de países emergentes acompanhadas pela Bloomberg. A economia do País, a maior da América Latina, cresceu 4,2 por cento no primeiro trimestre deste ano. Em comparação, nos Estados Unidos a expansão foi de 2,3 por cento no mesmo período.
O maior crescimento em duas décadas e a aceleração da inflação levaram São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília a serem mais caras do que qualquer cidade dos EUA, segundo uma pesquisa da ECA International, empresa de recursos humanos sediada em Londres. Estima-se que os preços de moradias no País subiram 25 por cento nos 12 meses encerrados em maio, sendo que no Rio de Janeiro a alta foi de 44 por cento, disseram os analistas do JPMorgan Chase & Co., Adrian E. Huerta, de Nova York, Marcelo Motta e Marina Mansur, de São Paulo, em relatório de 15 de junho.
“A elevação dos preços vai se sustentar?”, escreveram os analistas. “Bom, nós ainda não vemos nenhuma desaceleração no aumento dos preços de moradias.”
EUA em baixa
Nos EUA, os preços de moradias caíram para os níveis de 2003, depois que a onda de execuções de hipotecas reduziu o valor de mercado dos imóveis e o desemprego passou a oscilar ao redor de 9 por cento. Imóveis na região de Miami estão 51 por cento mais baratos do que a máxima de dezembro de 2006, segundo o índice S&P/Case-Shiller. Só Las Vegas e Phoenix tiveram quedas maiores de preços.
No bairro do Leblon, no Rio, o preço médio dos apartamentos é de US$ 11.388 o metro quadrado, segundo o Sindicato da Habitação do Rio de Janeiro. Em South Beach, o preço médio do foi de US$ 3.810 o metro quadrado no primeiro trimestre deste ano, de acordo com a Condo Vultures LLC, corretora e consultora imobiliária sediada em Bal Harbour, na Flórida.
“Cinco anos atrás, era o oposto”, disse Studnicky em entrevista por telefone. “Em Miami o preço variava entre US$ 5.000 e US$ 10.000 o metro quadrado. No Rio, entre US$ 3.000 e US$ 5.000. A situação se inverteu completamente.”
Novos empreendimentos
Os corretores de Miami estão aprendendo o “portunhol”, que os brasileiros conseguem entender, disse Peter Zalewski, diretor da Condo Vultures. Ele perdeu três de seus funcionários que falavam português para concorrentes. “Outras corretoras os roubaram por que queriam entrar no mercado”, disse Zalewski.
Incorporadoras construíram prédios e converteram outros em edifícios residenciais, oferecendo 49.000 apartamentos na área leste da área metropolitana de Miami entre 2003 e 2008, na bolha imobiliária que estourou quando o crédito desapareceu.
O número de unidades à venda caiu para 27.700 em 13 de junho, contra 60.900 em novembro de 2008, segundo a Condo Vultures.
Agora, eles se preparam para construir novamente de olho nos compradores da América Latina. Em 9 de junho, a Condo anunciou parceria para vender novos apartamentos da Related Group of Florida, maior construtora de condomínios do estado com sede em Miami.
Seis projetos
A Related, fundada por Jorge M. Perez, que teve perdas contábeis de US$ 1 bilhão em 2008, planeja usar pagamentos de entrada dos compradores latino-americanos, que costumam dar um sinal de 50 por cento na compra e financiar o restante, como recursos para construir seis projetos com 1.500 unidades, disse Studnicky. A construção, com custo previsto entre US$ 600 milhões e US$ 800 milhões, começará até 2013, disse ele.
Mesmo que leve alguns anos para que bancos americanos voltem a financiar o setor de construção em Miami, os compradores brasileiros aproveitam as oportunidades atuais, disse Paulo Tavares de Melo, diretor imobiliário da Integra Solutions LLC, fundo para brasileiros de alta renda que investem em propriedades na Flórida. A Integra pagou US$ 12 milhões em abril na incorporação de um terreno de 1,2 hectare na área central de Miami, com autorização para até 920 apartamentos e 9.300 metros quadrados de espaço comercial.
‘Muito Dinheiro’
“O fato é que há muito dinheiro no Brasil”, disse Melo, cuja família enriqueceu com negócios do setor de de cana-de- açúcar e etanol, em entrevista por telefone de Miami, onde ele mora desde 2001. “Há mais interesse em Miami do que em Nova York por causa dos preços, e pela percepção de que os preços já caíram bastante.”
A Coelho da Fonseca Empreendimentos Imobiliários Ltda., corretora sediada em São Paulo, criou uma divisão internacional em maio, para ajudar brasileiros a comprarem propriedades nos EUA, principalmente em Miami.
“A oportunidade que chama os brasileiros é a chance de comprar um apartamento em um dia e alugar no outro”, disse Gabriela Duva, diretora da nova divisão da Coelho da Fonseca, em entrevista por telefone de Nova York. “Mesmo os que compram para férias, também acabam alugando quando não estão usando.”
O entusiasmo dos brasileiros pode ter fim se a moeda ou o valor das propriedades seguirem em direções opostas, disse José Augusto Pereira Nunes, dono na Algebra Realty, com sede em Miami.
Maré e ventos
“Hoje a maré e os ventos estão a favor dos brasileiros, a maré sendo o câmbio e os ventos os preços em Miami”, disse Nunes, que mudou para Flórida há 25 anos, em entrevista por telefone. “Se faltar um desses, a demanda cai.”
No Brasil, o governo vem adotando medidas desde o fim do ano passado para conter a valorização do real.
Robert Shiller, professor d economia da Yale University e co-criador dos índices S&P/Case-Shiller, disse que os preços dos imóveis nos EUA podem cair ainda mais. Isso indica que este pode não ser o melhor momento para comprar.
“Uma queda adicional de 10 a 25 por cento nos preços de moradias nos próximos, talvez, cinco anos não me surpreenderia de jeito nenhum”, disse Shiller em uma conferência em Nova York em 9 de junho.