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terça-feira, 28 de setembro de 2021

Alta da Selic não deve abalar boa fase do mercado imobiliário

Mercado imobiiliario

Alta da Selic não deve abalar boa fase do mercado imobiliário

O avanço da inflação no país fez o Copom reajustar a Selic em mais um ponto percentual, chegando aos 6,25% ao ano. Apesar da alta, o índice segue em um nível baixo na comparação com o patamar histórico - o valor é o mesmo que foi registrado no mês de agosto de 2019.


Assim, para agentes do mercado imobiliário o momento segue excelente para o investimento em imóveis. O presidente da Abrainc, Luiz França, destacou que “as condições para aquisição da casa própria permanecem atraentes, a contratação de crédito imobiliário continua crescendo e a elevação da Selic não vai inviabilizar os planos de quem está em busca de um imóvel”.


O aumento da Selic tende a encarecer o financiamento de imóveis, mas é preciso lembrar que a nova taxa segue oferecendo um valor final bastante convidativo se analisarmos a média histórica. Em 2016, por exemplo, o índice estava acima dos 14%. Por este motivo, o setor imobiliário acredita que o clima continuará favorável para os negócios.


É fato também que a demanda por habitação é crescente no país. Ou seja, apesar dos obstáculos, o mercado segue aquecido e cheio de oportunidades. Contudo, é preciso manter as antenas ligadas, já que a economia é dinâmica e as projeções mais recentes indicam novos aumentos da inflação.

O êxodo urbano está escalando o valor do metro quadrado no interior do Brasil. Por conta das múltiplas mudanças provocadas pela pandemia, como a adoção massiv ao home office, muitas pessoas anteciparam o plano de sair das grandes cidades. Como resultado, o preço dos imóveis dobrou em alguns municípios do interior e o estoque é o menor desde 2017.


O Google traz mais dados e chega a dizer que o brasileiro está deixando de “ser um turista” em sua própria casa. Em pesquisa, 42% dos entrevistados afirmam que passaram a se sentir mais conectados com seu lar durante a pandemia e 57% afirmaram que a casa continuará como uma prioridade de investimento. Não basta ter um imóvel: é preciso se sentir em casa.


Os aluguéis mais caros do Brasil estão em São Paulo, Recife, Brasília, Rio de Janeiro e Florianópolis. As informações são referentes ao mês de agosto e foram calculadas pelo FipeZap. O levantamento também aponta que o aluguel médio no Brasil tem o valor de R$ 30,78 por metro quadrado.


Já no segmento de luxo, o valor de venda do metro quadrado chega a passar de R$ 31 mil em São Paulo. Este é o caso do bairro Itaim Bibi, segundo dados da consultoria Brain. Ou seja, nesta área, uma unidade de 70 metros quadrados chega aos R$ 2,2 milhões. Entre os primeiros do ranking em preço, também aparecem Vila Olímpia, Paraíso, Vila Nova Conceição e Jardins.


Os imóveis usados também estão em alta. Em Curitiba, as vendas estão no melhor momento dos últimos oito anos. Entre as vendas fechadas em agosto na cidade, 74% financiadas. O aumento no uso do crédito é de quase 11 pontos percentuais na comparação com agosto de 2019. 


A jornada de locação tem muitas variáveis, mas algumas certezas. Quem não quer errar, deve apostar no atendimento humanizado e em uma boa experiência de acesso aos imóveis. O economista Pedro Tenório também ressalta a atenção a outros aspectos fundamentais, entre eles, qual a motivação do cliente ao buscar o imóvel e quais são os elementos mais negociáveis em seu pacote de exigências.


Falando em alugar, qual é o método que sua imobiliária usa para demonstrar imóveis aos clientes? São três os principais caminhos: por meio de visita acompanhada, apenas entregando as chaves ou por meio de uma de plataforma de apresentação virtual. E que tal deixar o cliente escolher qual a opção preferida? O Imobi conversou com a Duda Imóveis, de Santa Catarina, que adotou esta estratégia e compartilhou suas impressões conosco.


Ainda no tema locação, o Imobi Aluguel desta semana aborda as melhores práticas para a renovação de contrato de locação. O procedimento padrão é buscar a formalização de um novo vínculo, mas muitas imobiliárias preferem não renovar e deixar o contrato vigorando por prazo indeterminado. Compartilhamos as experiências das empresas com cada uma dessas possibilidades, inclusive para situações específicas, como o imóvel com garantia por fiador ou quando o inquilino está com dificuldade para pagar. Clique aqui para conhecer e assinar o Imobi Aluguel, série semanal do Imobi Report inteiramente dedicada à locação. 


Outro produto relevante da rotina imobiliária é o seguro, porém, muitas vezes, este produto não está dentro de um fluxo integrado entre as partes interessadas. Aproximar imobiliárias de seguradoras é o objetivo da Seg Imob, plataforma criada por Silvano Zan Tucci em 2014. Em entrevista ao Imobi Report, ele falou mais sobre sua trajetória e as facilidades oferecidas pelo seu negócio, que já atende mais de 3 mil imobiliárias pelo Brasil.



O Indicador Abrainc-Fipe do 2° trimestre de 2021 aponta uma alta de 84,8% nos lançamentos imobiliários, quando comparado ao mesmo período do último ano. O segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) registrou um crescimento expressivo e teve aumento de 978,5% nos lançamentos no 2º tri, comparado aos mesmos meses de 2020. Ainda, os empreendimentos enquadrados no programa Casa Verde e Amarela respondem pela maior parte dos imóveis lançados (75,7%) e comercializados (82,7%) nos últimos 12 meses.


Falando em lançamentos, esse será o tema da nova edição do Imobi Experts, evento promovido pelo Imobi Report. Na sua terceira e última edição de 2021, o Imobi Experts Lançamentos Imobiliários acontecerá nos dias 17 e 18 de novembro e trará grandes líderes do mercado para discutir o mercado de incorporação, do croqui ao plantão de vendas. Assim como nas últimas edições, o primeiro dia é gratuito. Já o segundo dia, com conteúdos exclusivos e role plays de atendimentos reais, está com inscrições abertas para o primeiro lote com desconto especial. Não perca!


No Imobi Report, entrevistamos incorporadoras para saber quais são as demandas dos consumidores para áreas comuns e quais ambientes não podem ficar de fora na hora de desenvolver um novo empreendimento. Trazemos entrevistas com a Scire, incorporadora de imóveis econômicos e de entrada em Santa Catarina; Carvalho Hosken, que atua com bairros planejados de alto padrão no Rio de Janeiro; Construtora Danpris, especializada em CVA em São Paulo; e Construtora Capital, que atua com empreendimentos alto padrão no Amazonas. Entre os entrevistados, todos concordam que a definição de áreas comuns em um empreendimento pode ser um dos fatores decisivos para o seu sucesso e que, independente do orçamento, as pessoas buscam bem-estar.


Ainda sobre áreas comuns, o altíssimo padrão mergulha nas tendências de saúde e busca pela prática de esportes para agregar valor aos seus empreendimentos. Na Folha de S. Paulo, reportagem dá mais detalhes sobre a Praia da Grama, nome da piscina de ondas de dentro do empreendimento Fazenda da Grama, no interior de São Paulo. Menos da metade do público do condomínio é surfista, mas a praia particular atrai clientes e curiosos.


A construtora Plano & Plano informou os planos de crescer fora do segmento Casa Verde a Amarela e apostar na faixa de renda média. A incorporadora continuará no segmento de baixa renda, mas pretende aproveitar a forte demanda da classe média.


No mesmo caminho, a Vivaz, marca da Cyrela para consumidores de renda média e baixa, está apostando em uma linha “prime” e deve deixar de atuar exclusivamente dentro do CVA. Com a nova linha, o objetivo é lançar empreendimentos com unidades de até R$ 500 mil.


Na Exame, executivos da Yuny comentam como a incorporadora adiou os planos do IPO, mas mantém a previsão de lançamentos para 2021. A empresa também tem uma marca dedicada a projetos do CVA e deve continuar apostando na média e alta renda, que representa 80% das vendas. "Ao contrário de outras construtoras que concentraram a maior parte dos lançamentos no Casa Verde e Amarela, nós temos uma parcela pequena dos lançamentos focada nesse perfil, por isso não sentimos tanto a pressão de custo e dos repasses", comenta Marcos Yunes, fundador da Yun

Qual o futuro dos portais imobiliários? É a pergunta que mais ouvimos nos últimos dias, após a crise de relações públicas do ZAP Imóveis. A resposta não vem fácil: é precipitado falar em um súbito fim, mas sabemos que as dinâmicas entre portais, imobiliárias e corretores vêm mudando nos últimos meses. O Imobi Report buscou ouvir profissionais do mercado imobiliário de várias regiões do país que compartilham conosco a sua opinião sobre o assunto.


A CredPago lançou um projeto piloto de crédito imobiliário com 140 imobiliárias do Brasil. O objetivo é compartilhar o produto de facilitação ao crédito da Loft Cred e da CrediHome para clientes finais destas imobiliárias. Essa é a primeira iniciativa que junta produtos das três marcas, que fazem parte da Loft. O objetivo é que, em um segundo momento, essa rede de distribuição abranja as mais de 16 mil imobiliárias parceiras da CredPago.


O ConectaLead, startup curitibana recém adquirida pela CUPOLA, anunciou uma parceria com a Woliver, plataforma de desburocratização do mercado imobiliário. A parceria busca apoiar o avanço na digitalização das imobiliárias e facilitar a integração de leads.


Até a cantora pop Demi Lovato está investindo no mercado imobiliário: ao lado de investidores como a SoftBank, ela integrou um aporte na startup americana June Homes. A proptech funciona como um portal de locação que visa baixar os valores exacerbados de aluguel pelos Estados Unidos e deixar o processo mais fácil e flexível. A startup define valores através de inteligência artificial, oferece jornada 100% digital, promete que o inquilino pode escolher um imóvel e se mudar em 3 horas e, além disso, intermedia o pagamento do aluguel mensal pela plataforma, cobrando uma taxa dos proprietários

Em Berlim, a escalada dos aluguéis está fazendo a população apoiar uma proposta de expropriação dos imóveis. Caso seja aprovada, a medida transfere cerca de 200 mil unidades da mão de grandes empresas para o governo. A maioria (56%) da população apoia a medida, com o entendimento de que o poder público é mais capaz de regular os preços do que o setor privado. Em 2020, a cidade havia aprovado um teto para os aluguéis na tentativa de controlar a disparada de preços, mas a medida foi considerada inconstitucional e derrubada em abril deste ano.

Na China, o caso Evergrande segue rendendo novos capítulos diariamente. Na semana passada, as bolsas da Ásia fecharam com reações mistas, o que reforça a incerteza do momento. O governo chinês injetou mais de 15 bilhões de dólares no sistema financeiro do país, no que é visto como uma maneira de proteger o país dos impactos de uma possível falência da Evergrande.

Os bancos da China correm para assimilar as possíveis perdas, enquanto 1,5 milhão de famílias que compraram casas com a Evergrande esperam que, no caso de quebra, o socorro venha do poder público. Mas, de acordo com fontes ouvidas pelo Wall Street Journal, o governo chinês já alertou as autoridades para se prepararem para uma eventual quebra da empresa. Isso pode indicar que o resgate da Evergrande não está nos planos.

O calote pode significar um efeito cascata de inadimplências, como já falamos na última semana. É nisto que está o medo do mercado global: uma contaminação da economia do planeta. Porém, na opinião de especialistas, o alcance desta quebra não deve chegar ao mesmo nível do caso Lehman Brothers, estopim da crise de 2008.

Para vender uma casa assombrada toda estratégia é válida, inclusive garantir que os fantasmas locais estão incluídos no pacote. É o que propõem vendedores do imóvel que foi a inspiração para a franquia de terror Invocação do Mal. Localizada em Rhode Island, a casa está à venda por 1,2 milhão de dólares, mas com uma condição: os proprietários atuais querem que os novos donos mantenham o imóvel aberto para visitas de investigações paranormais.

Fala-se muito sobre a permanência do trabalho remoto mesmo com o fim da pandemia. Mas uma reportagem da Forbes traz um questionamento: o que a compra de um prédio de US$ 2 bilhões pelo Google diz sobre o futuro do home office? Na matéria, são listadas outras grandes empresas de tecnologia que investiram em novos escritórios nos últimos meses. Muitas afirmam que esses espaços serão como QGs, mas que a dinâmica do trabalho será híbrida.

Na última semana, o novo prédio residencial mais alto de São Paulo foi inaugurado, o Figueira Altos do Tatuapé. A Folha de S. Paulo traz reportagem que discute os impactos de prédios enormes na capital paulista. Por um lado, alguns entrevistados defendem que São Paulo não tem prédios tão grandes assim, especialmente comparada a outras grandes metrópoles. Do outro, especialistas discutem os impactos arquitetônicos nos bairros e se projetos altos, mas com baixa densidade populacional, compensam para a cidade.

Elisa Tawil, colunista do Imobi Report, lançou seu primeiro livro. Em “Proprietárias”, ela chama a atenção para um assunto crucial quando se trata de equidade de gênero: a conquista da independência da mulher através do setor imobiliário. 


segunda-feira, 27 de setembro de 2021

O futuro do mercado imobiliário no mundo pós-pandemia

 

O futuro do mercado imobiliário no mundo pós-pandemia

A digitalização do mercado imobiliário é um caminho sem volta: a utilização dos recursos digitais trouxe ganhos para todas as pontas do setor

Imóveis

Após enfrentar um período de crise entre 2015 e 2017, o mercado imobiliário vinha mostrando sinais de recuperação ao longo de 2019, trazendo boas perspectivas para 2020. Entretanto a chegada do coronavírus ao Brasil impôs grandes mudanças de planos, paralisando negócios e muitos setores da economia. Contrariando essa tendência, o ramo de imóveis vem mostrando resiliência com sinais de recuperação desde o fim do segundo trimestre do ano passado.

Diferentes motivos explicam esse aquecimento. No contexto nacional, a alta disponibilidade de crédito foi um incentivo para que os consumidores buscassem um imóvel -- segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), 2020 teve um crescimento de 57,5% nos valores financiados em comparação com o ano anterior.

Além disso, os juros baixos facilitaram o lançamento de empreendimentos ao mesmo tempo em que atraíram compradores e investidores, que viram na aquisição de imóveis ou de fundos imobiliários uma opção com melhor rendimento e segurança do que outras modalidades de aplicação financeira.

No cenário microeconômico, a pandemia gerou um efeito sobre a moradia e a relação com a residência: ao praticar o isolamento social e ter que ficar mais tempo dentro de casa, muitas vezes trabalhando à distância, as pessoas passaram a valorizar diferentes atributos, que antes podiam ter menor importância.

De acordo com os dados da 4ª rodada da “Pesquisa da Influência do Coronavírus no Mercado Imobiliário Brasileiro” realizada pela DataZAP+, área de inteligência imobiliária do ZAP+, 62% dos entrevistados apontaram como relevante um imóvel com ambientes bem divididos, enquanto 45% disseram que era importante ou muito importante morar em uma casa. Esse desejo de mudança impulsionou os mercados de locação e compra e também de reforma -- é bastante provável que você ou algum dos seus vizinhos tenha feito uma obra durante a pandemia.

O reflexo dessa maior demanda por itens de construção civil foi, claro, o aumento de preços. Mas isso é assunto para um outro texto. Por ora, vamos analisar o que a pandemia trouxe de mudanças para o mercado imobiliário, e como isso deve afetar o futuro.

O mesmo isolamento social que acentuou o desejo por residências diferentes também fez com que o setor precisasse se digitalizar, acelerando um processo que ainda caminhava de maneira um pouco lenta. A disponibilidade dos anúncios em plataformas de compra e venda ganhou importância, assim como fotos de qualidade e descrições completas, oferecendo ao consumidor desde o início do processo de busca mais informações que apoiassem a tomada de decisão.

Na 4ª rodada da pesquisa sobre a influência da pandemia no país, compradores e locatários disseram que entre as medidas mais utilizadas para encontrar um novo imóvel estavam a visualização de fotos profissionais, a busca do endereço completo (incluindo rua, número e bairro) e o uso de filtros específicos para encontrar o imóvel ideal.

Porém o fornecimento do endereço completo também foi citado pelo mesmo grupo como a principal melhoria a ser feita. Isso nos indica que, apesar de o mercado passar a trabalhar com recursos digitais durante a pandemia, há espaço para desenvolvimento e utilização mais produtiva dessas ferramentas.

Outro dado curioso do levantamento é que 57% dos respondentes disseram ter visitado presencialmente um imóvel, estande de vendas ou apartamento decorado nos últimos três meses, apesar de 53% terem afirmado sair de casa somente “para serviços essenciais”. Ou seja, conhecer um imóvel “ao vivo” não só é percebido como indispensável mesmo durante a pandemia como também é algo que parece não ser substituível por meio de visitas virtuais.

Da mesma maneira, os profissionais do mercado imobiliário responderam na pesquisa da DataZAP+ sobre as transformações tecnológicas no setor que a vistoria online de imóveis e ferramentas que mostram o local mobiliado devem cair em desuso após a pandemia.

Mas o que seguirá em alta? A utilização de fotos profissionais, queridinha de compradores e locatários, é também o recurso mais citado pelos profissionais como tendência a ser mantida por 67% deles.

Na sequência, 64% afirmaram que vão seguir ampliando a disponibilidade de mais opções de imóveis nos portais e/ou sites próprios, ressaltando a importância de ter um portfólio digitalizado e de fácil acesso. Já a realização de videochamadas e a assinatura de contratos digitais continuarão a ser usadas segundo 53% dos respondentes.

Podemos concluir, portanto, que a digitalização do mercado imobiliário é um caminho sem volta. A utilização dos recursos digitais trouxe ganhos para todas as pontas do setor, seja por meio da geração de leads mais qualificados (contatos de clientes de fato interessados em fazer uma negociação) ou da aceleração das etapas finais do processo de compra e venda, com pagamentos e assinaturas de contratos virtuais.

Do ponto de vista do comportamento do consumidor, ainda é um pouco cedo para afirmar se as tendências que surgiram durante a pandemia -- de imóveis maiores ou com cômodos mais bem divididos, por exemplo -- serão mantidas no mundo pós-pandêmico.

A forma como as empresas irão abraçar o mundo pós-pandemia também impactará o futuro do segmento imobiliário, desde o modelo 100% remoto, passando pelas diversas variações do formato híbrido, ao totalmente presencial. É importante acompanhar os modelos que estão sendo adotados pelo mundo onde a vida, aos poucos, está voltando ao normal, mas ainda é cedo para ter uma perspectiva para o Brasil.

A continuidade da disponibilidade de crédito imobiliário e manutenção da taxa de juros em níveis atrativos também são elementos importantes a serem observados. Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) apontam para um aumento de 27,1% das vendas de imóveis no primeiro trimestre de 2021 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os estoques, por outro lado, caíram 14,8%, atingindo o patamar mais baixo já registrado desde janeiro de 2016.

No mesmo período, a pesquisa Raio-X do FipeZAP revelou que 46% dos respondentes têm intenção de adquirir imóveis nos próximos três meses. Esse patamar está muito próximo do recorde já registrado (48%) e está bastante acima da média histórica da pesquisa (37%). Por isso, por enquanto, podemos vislumbrar um cenário favorável, e 2021 e 2022 devem ser anos interessantes para o desenvolvimento do mercado imobiliário.

Por Por Marcos Leite*

domingo, 19 de setembro de 2021

Bolha imobiliária e endividamento: a nova ameaça que vem da China

 Bolha imobiliária e endividamento: a nova ameaça que vem da China


xangai


O gigante chinês do setor imobiliário Evergrande está mergulhado cada vez mais em uma crise de superendividamento. E se esse colosso colapsar, outras empresas podem ser varridas do mapa.

Na última quarta-feira, 8, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou a nota de crédito da Evergrande e de duas de suas subsidiárias de CCC+ para CC. Isso por causa do risco de inadimplência iminente.

"O rebaixamento reflete nossa visão de que um problema de algum tipo parece provável", escreveram os especialistas da Fitch ao explicar a nova nota de crédito.

"Acreditamos que o risco de crédito é alto com liquidez restrita, queda nas vendas de contratos, pressões de atrasos nos pagamentos a fornecedores e empreiteiros e progresso limitado na venda de ativos."

A Evergrande é o segundo maior grupo de construções da China, mas também é a incorporadora imobiliária mais endividada do mundo.

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Nos últimos dias, as agências de classificação de risco Moody's e até mesmo a chinesa China Chengxin International (CCXI) também haviam rebaixado suas notas de crédito -- e isso aconteceu repetidas vezes desde o começo do ano.

Essas revisões chegam uma semana após um alerta lançado pela própria Evergrande. A segunda maior incorporadora da China alertou sobre os riscos de liquidez e inadimplência caso não consiga retomar a atividade de construção, vender participações e renovar empréstimos.

Essa declaração aumentou a inquietação de investidores nos mercados financeiros chineses e internacionais.

preço das ações da Evergrande, listadas em Hong Kong, caiu para o menor valor de sua história, o de 2009, quando abriu seu capital. Desde o início do mês, o preço caiu 15%; e desde o começo do ano a queda foi de 76%.

"Esperamos que o caminho de desalavancagem da empresa seja acidentado, o que pode levar a grandes descontos nas vendas de propriedades e possível alienação de ativos", escreveram analistas do Goldman Sachs em um relatório recente.

O risco percebido pelos investidores é que uma eventual falência da Evergrande desencadeie um efeito cascata e isso leve juntos outros grupos imobiliários.

Não por acaso, os preços dos títulos de outras empresas imobiliárias chinesas também caíram significativamente.

Mas o medo é que essa crise possa se tornar um choque também para o sistema bancário chinês. Isso porque a Evergrande tem US$ 104 bilhões de dívida em títulos posicionados no mercado. Cerca de um terço dos US$ 302 bilhões da dívida total.

Bolsa de Valores de Hong Kong chegou a suspender a negociação de alguns papéis do setor imobiliário por causa da turbulência nos preços.

Embora não haja vencimentos de dívida previstos para este ano, a Fitch estima que a Evergrande terá que pagar juros sobre títulos de US$ 129 milhões em setembro e US$ 850 milhões antes do final do ano.

E em 2022 vão vencer títulos da dívida por US$ 7,4 bilhões.

Em junho, a Evergrande já não tinha honrado o pagamento dos juros, o que acelerou a queda dos preços dos títulos nas Bolsa de Valores.

É possível que a empresa decida suspender o pagamento de juros sobre empréstimos de dois bancos que vencem em alguns dias. A empresa também está lutando para evitar os pagamentos aos fornecedores.

As autoridades governamentais chinesas até agora não se manifestaram. Todavia existe há alguns anos uma preocupação forte em Pequim sobre os riscos do estouro de uma bolha imobiliária no país.

Não por acaso, o megainvestidor americano George Soros classificou há poucos os investimentos da BlackRock no setor imobiliário na China como um “erro trágico” que “vai custar dinheiro” para a maior gestora do mundo.


Por Carlo Cauti*

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Fazer consórcio de imóveis para investir vale a pena?

 Fazer consórcio de imóveis para investir vale a pena? 


consórcio de imóveis é um dos meios procurados pelos brasileiros que querem realizar o sonho de adquirir uma casa, reformar um imóvel ou comprar um terreno para construir. Isto porque, das alternativas disponíveis no mercado, esta é a que não cobra juros, apenas algumas taxas são embutidas no preço mensal do plano.

Isso se dá em razão da modalidade ser feita por um grupo de pessoas que possui interesse em adquirir um bem, mas que não dispõem de recurso financeiro para isso. Então o grupo se reúne para contribuir mensalmente com parcelas de valores iguais que totalizam a compra de uma unidade à vista por mês.

Para identificar quem ficará com o imóvel da vez, são realizados sorteios entre os participantes. Quem organiza e gerencia os grupos é uma empresa administradora de consórcios, que faz assembleias mensais para sortear quem será o beneficiário.

Juros

É recorrente ouvir dizer que o consórcio de imóveis é a melhor alternativa para adquirir um patrimônio, pois não apresenta juros, por ser uma espécie de poupança coletiva. Acontece que mesmo não sendo reconhecidos como juros, há sim algumas taxas embutidas no preço mensal do consórcio de imóveis.

A Taxa de Administração (TA), que é um valor pago à administradora pelos serviços de formação e gestão do grupo de consorciados, e o Fundo de Reserva (FR), sistema que protege o funcionamento do consórcio mesmo em circunstâncias adversas – como inadimplência – são exemplos disso.

Essas taxas são relativamente mais baixas se comparadas às demais alternativas disponíveis no mercado para adquirir um imóvel, como o financiamento. O profissional Ricardo Paulo, economista e especialista em gestão financeira e imobiliária, afirma: “Com certeza é um investimento excepcional. A grande vantagem da modalidade é que você pode escolher o tipo de imóvel que deseja morar ou simplesmente investir com calma, com tempo para a aquisição, além de poder avaliar o valor da parcela que cabe em seu orçamento e programar um lance de acordo com suas possibilidades.”

O especialista ainda ressalta a possibilidade de o participante ser simplesmente sorteado, sem apresentar um valor para o lance. “O mais importante é que não existem juros embutidos, você paga uma taxa de administração, que normalmente é bem menor do que as taxas cobradas pelos financiamentos de imóveis. E você é quem escolhe o imóvel e pode barganhar preços.”

Investimento

Na opinião de Marlon Glaciano, consultor de planejamento financeiro, o consórcio não é a melhor maneira de aplicação. “Não vale a pena se o objetivo for investir. O consórcio não deve ser considerado investimento, pois não gera rendimento. O custo de cada cota de consórcio sempre tem o acréscimo da taxa de administração, cerca de 18%, que representa um custo adicional, não gerando margem para lucro.” 

Ou seja, o interessado adere a um plano e, ao ser contemplado, compra um imóvel e o coloca para alugar. Com o valor do aluguel, amortiza o saldo devedor para quitar as parcelas restantes e assim poder repetir a operação, formando uma carteira de imóveis.

Como contratar

Para contratar um plano, primeiro você deve escolher qual instituição fará a administração. O especialista Marlon Glaciano lembra que é importante verificar se ela está regularizada junto ao Banco Central.

Em seguida, basta informar a intenção do valor da carta de consórcio, fornecer dados e documentações requeridas, passar pela fase de análise cadastral e assinar o contrato.

Precauções

Os especialistas recomendam que alguns cuidados sejam tomados antes de adentrar em um consórcio de imóveis. De acordo com o economista Ricardo Paulo, é importante fazer uma pesquisa prévia, por meio da internet ou com um corretor de confiança.

“As próprias instituições bancárias têm hoje sua carteira de consórcio, mas o bom mesmo é procurar uma boa empresa de consórcios que tenha muito tempo no mercado, avaliar e comparar preços para ver qual é o mais vantajoso, quais as melhores condições e o que cabe no seu bolso”, esclarece Paulo.

Já o consultor e planejador financeiro Marlon Glaciano busca alertar quanto ao valor do imóvel, bem como as condições que você deve dispor para cumprir com tal compromisso: “Avalie bem o custo do bem para que a carta tenha valor suficiente para a aquisição, evitando problemas financeiros futuros. Outro ponto importante é ter certeza que poderá honrar com o pagamento das parcelas, pois caso precise da devolução do dinheiro, será necessário esperar até o final do período do consórcio ou contar com a sorte para ser um dos sorteados na cota de devolução”, conclui.


Quanto vale meu apartamento? veja como calcular o potencial de venda do seu imóvel

 


Quanto vale meu apartamento? veja como calcular o potencial de venda do seu imóvel

Caso você esteja pensando em vender seu imóvel, o primeiro passo é entender o valor dele no mercado. Diante de diversas alternativas para avaliar o preço médio de seu patrimônio, há quatro que são as mais eficientes. Veja a seguir.

Corretor de imóveis

O corretor de imóveis é o profissional responsável por definir o valor de um apartamento. Se o local a ser vendido for anunciado por intermédio de uma imobiliária, esse serviço de avaliação e precificação é gratuito. Caso contrário, é preciso pagar por isso.

No site do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo há uma lista com o custo dos honorários. A lista informa, por exemplo, que em caso de venda de um imóvel urbano residencial, a comissão deve ser de 6% a 8%. No caso de apenas a avaliação de mercado, costuma-se cobrar 1% do valor do imóvel.

Normalmente, essa avaliação é feita verbalmente, mas é possível dispor de uma avaliação documentada, conhecida como “Parecer técnico de avaliação mercadológica”, em que você conta com informações específicas sobre como aquele preço foi estabelecido.

Engenheiros e arquitetos também podem ser responsáveis em estabelecer o valor de um imóvel ou elaborar pareceres técnicos, mas sempre em conjunto com um corretor, visto que ele está envolvido com o mercado imobiliário.

Calculadora online

Há sites como o Calculadora Robô e o Urbe.Me que fazem uso da inteligência artificial para estimar o valor dos imóveis. A ferramenta considera características de outras moradias da mesma região e, a partir disso, indica qual seria o preço mais assertivo para o seu imóvel.

Funciona assim: você informa a área total do bem, a quantidade de dormitórios e se há suítes, o número de banheiros e a localização. O sistema faz a comparação com outros imóveis parecidos que estão à venda na mesma região ou nas proximidades, e, a partir disso, apresenta um valor.

Trata-se de um índice apenas estimativo, afinal não leva em consideração características específicas relevantes do imóvel – que são fundamentais no processo de venda.

Comparativos pela internet

Pesquisar valores de apartamentos similares à venda também é uma forma de descobrir o valor médio de sua propriedade – e ajuda a confirmar se o valor estabelecido pelas outras fontes, como pela imobiliária, de fato corresponde aos parâmetros da região.

A melhor referência é aquela que está no mesmo prédio que o seu, mas caso não haja nenhum à venda, procure nas proximidades. Converse com vizinhos, porteiros, zeladores ou mesmo pesquise na internet para encontrá-los.

Lucro obtido

É possível avaliar a taxa de retorno de seu investimento dividindo o capital inicial investido pelo lucro líquido a ser gerado pelo apartamento. Este rendimento pode equivaler ao aluguel da unidade ou de uma futura venda.

No caso de aluguel, a taxa de retorno é obtida dividindo o preço recebido pela locação pelo capital inicialmente investido. No caso de venda, o cálculo da taxa de retorno precisa ser realizado dividindo o custo obtido pela comercialização das unidades pelo valor que investiu inicialmente.

sábado, 23 de janeiro de 2021

Mesmo com a Covid19, vendas de imóveis de alto luxo crescem 84%

Covid19

Mesmo com a retração econômica imposta pela Covid-19, tanto as vendas quanto os lançamentos de alto luxo se mantiveram inabaláveis diante da crise. No período do levantamento do Sinduscon foram comercializadas 397 unidades, ante 216 nos oito primeiros meses de 2019. Já os lançamentos de imóveis nesse padrão saltaram de 159 para 223. 


Os imóveis têm valores acima de R$ 1 milhão, mas podem superar R$ 9 milhões, sem o acabamento interno.


As vendas desse tipo de imóvel, conhecido também como "luxo mais", chegaram a R$ 120 milhões na PHV Engenharia no período de janeiro a agosto deste ano, segundo o diretor Marcos Paulo. De acordo com ele, o volume foi três vezes superior a igual período do ano passado. "Acho que foi o próprio reflexo da crise, com as pessoas buscando mais conforto e segurança, que garantiu essa aceleração. Estamos vivendo um momento inexplicavelmente muito bom, principalmente se comparado aos últimos anos, que vinha de uma paradeiro total", disse.


Na EPO Engenharia, as vendas também já superaram em 40% a previsão inicial para este ano. Em 2020, foram cinco lançamentos, sendo quatro residenciais de luxo e alto luxo e mais um imóvel comercial. "Nós podemos atribuir esse bom desempenho

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